Scrivaniando: COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA - ANO 1960

O início de tudo. A primeira Copa Libertadores da América, já idealizada desde muito tempo (sendo o 'pioneiro' o Campeonato Sul-Americano Campeões, organizado pelo clube chileno Colo-Colo e vencido pelo Vasco da Gama), e finalmente posta em prática. A competição, cujo nome é em homenagem aos Libertadores da América (líderes dos movimentos de independência sul-americanos), foi vencida pela primeira vez pelo clube uruguaio Club Atlético Peñarol, sendo o destaque e artilharia da competição atribuída ao equatoriano Alberto Spencer, atacante da equipe uruguaia, com 7 gols.

Com um time contando com boas peças como Luis Cubilla, Néstor Gonçálves e Alberto Spencer, o time dirigido por Roberto Scarone sagrou-se oficialmente o primeiro campeão continental em cima do Club Olimpia, enfrentando no final do ano o campeão da Liga dos Campeões da UEFA de 1960, Real Madrid, no Mundial.

Iniciou-se em 19 de abril e finalizou-se a 19 de junho. A organização da competição era muito simples. Pode-se equiparar à primeira Copa do Mundo, em que houveram pouquíssimos competidores com relação a organização atual. A competição contaria, a princípio, com 8 times, os campeões atuais de cada país: San Lorenzo-ARG, Jorge Wilstermann-BOL, Bahia-BRA (atual campeão da Taça Brasil, já que ainda não havia o Campeonato Brasileiro), Universidad de Chile-CHI, Millonarios-COL, Olimpia-PAR, Universitario-PER e Peñarol-URU. Equador e Venezuela, apesar de já na época fazerem parte da Comenbol, não mandariam ainda representantes para a Libertadores.




A primeira fase é equivalente à quartas-de-final: 4 contra 4, partida de ida e volta, caso houvesse empate no saldo total, haveria mais uma partida de desempate.

As chaves ficaram assim:


Peñarol x Jorge Wilstermann

PEÑ 7 x 1 JOR
JOR 1 x 1 PEÑ

San Lorenzo x Bahia

SAN 3 x 0 BAH
BAH 3 x 2 SAN

Universidad de Chile x Millonarios

UNI 0 x 6 MIL
MIL 1 x 0 UNI

Universitario x Olimpia

Universitario desistiu de competir, logo o Olimpia avançou por W.O.


Peñarol embalado com o ótimo resultado em cima do time boliviano. Olimpia ainda não apresentou serviço, porém tinha um time defensivamente forte. E mais: excelente nome como treinador, Aurelio González. Considerado por muitos, senão todos, como o segundo maior jogador paraguaio de toda a História, apenas atrás de Arsenio Erico. E ótimo técnico, que dirigira a Seleção Paraguaia em 3 oportunidade (1946 a 1947, de 1955 a 1959 e de 1965 a 1974) e o Olimpia em outras oportunidades, levando, inclusive, à conquista invicta do Campeonato Paraguaio de 1959 que fez o Olimpia disputar a Copa que esta sendo redigida. Mas isso tudo ainda não seria o suficiente para frear o maior time do Uruguai.

Após a primeira fase (ou quartas-de-final), foram disputadas as semifinais, postas da seguinte maneira:


Peñarol x San Lorenzo

PEÑ 1 x 1 SAN
SAN 0 x 0 PEÑ
Partida de desempate, ocorrida em Montevidéu (ainda não ocorria em campo neutro)
PEÑ 2 x 1 SAN

Millonarios x Olimpia

MIL 0 x 0 OLI
OLI 5 x 1 MIL


Olimpia confirma que não brinca em serviço e goleia o Millonarios, que goleou a Universidad de Chile. E chegam os dois times à final, sendo o Olimpia favoritíssimo. Eis que o time do Peñarol mostra que favoritismo não ganha jogo.

1° jogo: Peñarol 1 x 0 Olimpia. Diante de 45 mil aurinegros no gigante Estádio Centenário, Peñarol vence com a vantagem mínima o time paraguaio. Gol do craque Alberto Spencer, aos 34 do segundo tempo.

2° jogo: Olimpia 1 x 1 Peñarol. No Estádio Defensores del Chaco, com a capacidade máxima preenchida, 35 mil torcedores. Aos 28 minutos do primeiro tempo, Hipólito Recalde abre o placar para os paraguaios e mantém a vantagem mínima (e igualdade no saldo) até 38 do segundo tempo. Peñarol, time muito conhecido por "colocar água no chopp" nos últimos momentos do jogo, o fez mais uma vez. Aos 39 do segundo tempo, Cubilla, um dos únicos ídolo das duas grandes torcidas uruguaias, fez o gol que calou a torcida alvinegra.


Club Atlético Peñarol se sagra campeão da primeira edição da Libertadores existente. Campeão da Copa Libertadores de 1960, e em cima de um gigante. A primeira de suas muitas taças.

[OFF] Apresentação do campeonato inglês: Chelsea.

Hello, fellas!

Nessa terceira parte da seção, falarei de um clube famosíssimo (até mesmo para aqueles que não curtem o futebol europeu), riquíssimo, amadíssimo e odiadíssimo e outros "íssimos". Estou falando dele, os blues, o Chelsea!

Chelsea Football Club. Fundado em 1905 num pub chamado The Rising Sun, é um dos maiores clubes ingleses: tem 4 títulos do Campeonato Inglês (sendo que 3 são da Premier League), 7 títulos da Copa da Inglaterra e 4 títulos da Copa da Liga Inglesa. É o clube londrino que mais possui títulos internacionais: além de ser um dos únicos 5 clubes ingleses a ter ganho a tão quista Liga dos Campeões (com uma conquista), possui um título da Liga Europa e dois títulos da Recopa Europeia. Os blues possuem a terceira maior torcida de Londres e a 5ª maior torcida da Inglaterra - porém, sua torcida fora da Inglaterra, principalmente em países onde o futebol local é precário, é a segunda maior entre os times ingleses e uma das maiores do mundo, perdendo apenas para Real Madrid, Barcelona e Manchester United. Seu uniforme é composto por camisa e calção em azul-real. Contratou para as próximas temporadas o grande e falastrão técnico José Mourinho - aliás, o time é bem conhecido por trocar frequentemente de dirigentes. Apesar de fazer clássico local com Arsenal e Tottenham, o time é odiado por praticamente todas as torcidas, desde Millwall até Manchester United. Isso faz com que todos os jogos tornem-se praticamente um clássico, afinal, todos querem vencer o time odiado.

Normalmente, um clássico não é feito de uma hora pra outra: é necessário toda uma história para o confronto. O Chelsea costumava ser um time mediano tal como o Fulham, que era de fato o seu rival - os dois times são do mesmo bairro, estádios muito próximos. Nos anos 90 começa a se destacar timidamente, porém essa "timidez" duraria pouco. Houve uma reviravolta na sua tradição: Chelsea "comprou" uma nova história. Em 2003, o bilionário russo Roman Abramovich comprou o clube e investiu daí em diante. Tanto que o clube era mediano, que até o ano da compra o Chelsea possuía apenas um título do Campeonato Inglês da década de 50, 3 títulos da Copa da Inglaterra e 2 da Copa Liga Inglesa, além de não ter nem a Liga Europa tampouco a Liga dos Campeões -  claro, também não tinha todo o sucesso fora do Reino Unido como tem atualmente.

Seu estádio é o Stamford Bridge. O estádio foi inaugurado em 1877 (antes mesmo da criação do clube) e suporta 41.837 espectadores.

Estádio construído antes de fundarem o clube e comprado pelos fundadores do Chelsea, já abrigou 3 finais da Copa da Inglaterra, quando o Wembley ainda não havia sido inaugurado. Apesar da grande capacidade, a aparência é de um pequeno estádio.

Antes da criação da Premier League em 1992 e de sua aquisição bilionária em 2003, os blues foram rebaixados seis vezes para a segunda divisão (1909/10; 1923/24, voltando para a primeira divisão apenas 5 anos depois; 1961/62; 1974/75, voltando pra primeira divisão na temporada de 1976/77 e rebaixado mais uma vez, em 1977/78, voltando em 1984/85; e por último, em 1987/88. Dessas vezes, apenas em 1984 e 1989 voltou como campeão da segunda divisão). E além disso, houve um acontecimento no mínimo curioso na história do clube: na temporada de 1914/15, o clube fez sua pior campanha na primeira divisão, terminando em último. Porém, devido à Primeira Guerra Mundial, o campeonato seguinte não aconteceu até 1918 (quando acabou a guerra). No retorno em 1919/20, o Chelsea foi convidado a jogar a primeira divisão, assim não rebaixando nem subindo nenhum time que havia finalizado o campeonato em 1915 (pague a série B, Flumin... digo, Chelsea). O principal motivo do Chelsea ter ido tão mal nas temporadas de 70 até 80 foi: dinheiro. Os blues investiram na reforma de seu estádio, que sempre foi muito pequeno em comparação ao dos grandes clubes ingleses. Na época conhecido como o "projeto mais ambicioso da Grã-Bretanha", o clube contruiu a East Stand, a maior arquibancada de Stamford Bridge. Como consequência, em meados da década de 70 o clube não conseguiu comprar um único jogador e os torcedores mal compareciam ao estádio - causando um problema financeiro ainda maior. Porém, nos anos 90, porém, os blues "renascem". Além de permanecer na elite, seus torcedores voltaram a comparecer nos estádios, numa média que dura até hoje: 41,5 mil espectadores. Os títulos também vieram: 2 Copas da Inglaterra, 1 Copa da Liga Inglesa e 1 Recopa Europeia. E o melhor ainda estava por vir: o bilionário russo Roman Abramovich injetou dinheiro no clube, que fez uma reforma na estrutura do time e comprou muitos jogadores. E a partir de 2003, Chelsea se tornou a terceira força a lutar pelos títulos, junto com Manchester United e Arsenal.

Seu primeiro título internacional foi - acreditem - em 1971, na época em que o Chelsea estava na pindaíba. Na temporada de 1970/71, os blues fizeram uma bela campanha na Recopa Europeia - apenas uma derrota - e ganharam a final em Atenas, em cima do Real Madrid. Seu segundo título internacional foi exatamente a mesma Recopa: na temporada de 1997/98, os três jogadores emblemáticos do time Gianfranco Zola, Roberto Di Matteo e Tore André Flo conduziram o time para a final, vencida sobre o Stuttgart em Estocolmo. Para o Chelsea, ganhar esses títulos já foi muito bom. Mas ainda tinha mais...

Houveram duas partidas pra resolver o título, ambas no Karaiskakis Stadium, em Atenas, Grécia. O primeiro jogo, acompanhado por 45 mil pessoas, acabou em 1 x 1, gol de Peter Osgood para os blues e, no último minuto, Ignacio Zoco para os merengues. No segundo jogo, 19.917 pessoas acompanharam uma vitória por 2 x 1 dos blues. Peter Osgood e John Dempsey fizeram os gols do Chelsea e Sebastian Fleitas descontou para o Real Madrid.

Diante de 30.126 torcedores, o Chelsea ganhou a final da Recopa Europeia de 1997/98 em cima do Stuttgart, em Råsunda Stadium, Estocolmo, Suécia. O gol foi do ídolo dos blues Gianfranco Zola.

Após a compra do Chelsea, o time ganhou 3 títulos do Campeonato Inglês. Mas, melhor do que isso, foi a conquista da Liga dos Campeões na temporada de 2011/12, tornando-se o único londrino a tê-la ganho. Já havia batido na trave em 2008, quando chegou na final e perdeu para o Manchester United. Em 2012, houve a redenção: com o time completamente desacreditado e sem técnico - o técnico André Villas-Boas havia sido demitido, prontamente foi substituído pelo assistente pelo Di Matteo , o mesmo que ajudou o time, como jogador, a ganhar a última Recopa -, o time passou para a fase final e superou o Napoli, o Benfica, o então poderosíssimo Barcelona para ganhar a final do Bayern München. Havia estrelas para todo lado: do lado dos bávaros, a base da seleção alemã: Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos, Thomas Müller e Mario Gómez, além de jogadores de outras seleções como Franck Ribéry, Anatoliy Tymoshchuk (MONSTRO) e Arjen Robben. Do lado dos blues, Petr Čech, John Terry, os brasileiros David Luiz e Ramirez (que não jogou a final, mas ajudou o time a chegar até lá), Frank Lampard, Juan Mata, Fernando Torres e o eterno craque Didier Drogba. O time venceu o Bayern nos pênaltis e foram convidados a disputar o Mundial no final do ano, em que perderam a final para o Corinthians.

Chelsea já havia chego numa final da Liga dos Campeões, em 2007/08. No único confronto de ingleses numa final da história da Liga dos Campeões, o Manchester United empatou em 1 x 1 com o Chelsea, gol de Cristiano Ronaldo para os red devils e Frank Lampard para os blues. Nas cobranças de pênaltis, o time de Manchester saiu vitorioso. No estádio Luzhniki Stadium, em Moscou, Rússia, 67.310 espectadores acompanharam o terceiro título da Liga dos Campeões dos diabos vermelhos.

Numa final emocionante na Allianz Arena, Munique, Alemanha (ironicamente, o Bayern conseguiu chegar à final justamente no ano em que seu estádio foi escolhido como o estádio da final), em que 62.500 torcedores  acompanharam o confronto, aos 38' do segundo tempo o Bayern München abre o placar com Thomas Müller, mas o Chelsea empata aos 43' com Didier Drogba. A final foi para a prorrogação - na qual o jogador do Bayern, Arjen Robben, errou um pênalti que daria o título aos bávaros. Não resolvida na prorrogação, o time dos azuis venceu nas cobranças de pênaltis, em final histórica.

Corinthians venceu o Chelsea pelo placar de 1 x 0, gol de Paolo Guerrero. No Estádio de Internacional de Yokohama, Japão, 68.275 pessoas assistiram a vitória do Timão.

Após isso, o time dos azuis entrou em turbulência. O técnico Di Matteo foi substituído pelo Rafa Benitez - que é ídolo no rival Liverpool -, o que causou uma insatisfação geral na torcida. A começar que a campanha na Liga dos Campeões foi pífia, não classificando para a fase final (único time na história da Liga dos Campeões que é campeão em um ano e cai na fase de grupos no ano seguinte). Perdeu para o Manchester United na Copa da Liga Inglesa e pro Manchester City na Copa da Inglaterra. Porém, mesmo com isso, fez uma bela campanha no Campeonato Inglês, ficando em terceiro lugar - classificando assim para a próxima temporada da Liga dos Campeões. E mais do que isso: conduziu o time ao seu primeiro título da Liga Europa. Como caiu em terceiro lugar de seu grupo na fase de grupos da Liga dos Campeões, o time é automaticamente direcionado para os 16-avos-de-final da Liga Europa. E assim foi, até chegar na final e enfrentar o Benfica - que também havia ficado em terceiro lugar no seu grupo da Liga dos Campeões. O time conseguiu uma vitória nos últimos minutos e, assim, conseguiu seu quarto título internacional. É o atual título do time dos blues.

Com gol no último minuto da partida, os blues venceram os encarnados por 2 x 1. Fernando Torres fez o primeiro do time inglês, Óscar Cardozo empata para os portugueses. Porém, Branislav Ivanović não tem dó e faz o seu aos 48' do segundo tempo. Na Amsterdan Arena, Amsterdão, Holanda,  46.163 pessoas assistiram a segunda final seguida perdida pelo Benfica.

Principais jogadores do Chelsea:


São muitos jogadores bons pelo time. Apenas vou destacar alguns, mas não esqueci do Fernando Torres, Juan Mata, Eden Hazard...


Petr Čech - goleiro. Desde 2004 no Chelsea, além de usar esse capacete super legal, é um ótimo goleiro. Mesmo passando por uns perrengues na sua vida - inclusive a colisão de cabeça com um jogador, que quase o matou -, ainda jogou em alto nível e é um dos herois do time na conquista da Liga dos Campeões. Joga na seleção tcheca.

("Essa bola não vai quebrar minha cabeça não, né? 'Tô com medo...")

John Terry - zagueiro. Jogou sua vida toda no Chelsea (desde 1998, jogando apenas seis jogos no Nottingham Forest por empréstimo), um dos ídolo máximos do time. Ótimo zagueiro e ainda tem alguns anos pela frente, onde deve encerrar sua carreira. Mulherengo que só ele. Em 2012, aposentou-se da seleção inglesa.

(Ouvi dizer que a mulher que olhar pra ele por mais de 3 segundos engravida. Apenas ouvi dizer)

David Luiz - zagueiro (e às vezes volante). Oriundo de Diadema City, o brasileiro - que jogou apenas no Vitória aqui no Brasil (no qual passou sua infância/adolescência) - é titular incontestável do Chelsea. Em dois anos no Chelsea, o Sideshow Bob tem 14 gols. Joga (muito) na seleção brasileira.

(Se eu deixar meu cabelo crescer, vai ficar igual ao dele)

Frank Lampard - meio-campista. Desde 2001 joga nos blues. Chuta muito forte, possui uma visão de jogo incomparável. Mesmo não sendo um atacante, é o jogador que mais fez gols pelo clube em toda a história do Chelsea: 203 gols. Mito, ídolo. Joga na seleção inglesa.

(Terry, o que que 'cê 'tá fazendo com minha mulher?)

Oscar - meio-campista. Jovem, joga fácil. Especialista em fazer golaços, causou muita polêmica aqui no Brasil entre o São Paulo e o Internacional devido ao seu contrato. Pela seleção brasileira, porém, não tem tido uma boa fase.

("Quero cuidar de você, posso?")

Expectativas para a temporada: o time vem fazendo contratações boas, desde o técnico Mourinho até o atacante Schürrle, que jogava bem no Bayer Leverkusen. Os blues estão com tudo para fazer uma temporada brilhante. Visto que o Manchester United não tem mais seu técnico magistral Sir Alex Ferguson, as chances do time ganhar a Premier League são bem altas.

                                                                             ~x~

Timinho sujo. Tomara que o outro time das petrolibras (Manchester City) desbanque-o com vigor. E que caiam de divisão.

Come On You Blues! E que fique claro que o único "blues" bom que existe é o estilo musical!

[OFF] Apresentação do campeonato inglês: Aston Villa.

Hey, friends!

Hoje temos a segunda parte dessa seção. Hoje vou falar de um time que muitos conhecem bem pouco ou não conhecem, mas que já fez muita história na Inglaterra e fora dela. O maior time de Birmingham: Aston Villa.

Aston Villa Football Club. Fundado em 1874 por quatro membros do time de críquete Villa Cross Wesleyan Chapel: Jack Hughes, Frederick Matthews, Walter Price e Willian Scattergood, que procuravam, então, algo para fazer durante o inverno. Uma situação curiosa aconteceu em seu primeiro jogo da história: eles jogaram contra uma equipe de rugby chamada Aston Brook St. Mary, e tiveram que jogar o primeiro tempo com regras de rugby e o segundo tempo com regras de futebol (e venceram seu primeiro jogo por 1 x 0, gol de Hughes). Os villans possuem 7 títulos do Campeonato Inglês (nenhum da Premier League), 7 títulos da Copa da Inglaterra e 5 títulos da Copa da Liga Inglesa. É um dos únicos 5 times ingleses a possuir a honra de ter ganho a Liga dos Campeões. Possui disparadamente a maior torcida de Birmingham e a 9ª maior torcida da Inglaterra. Seu uniforme é composto por uma camisa grená com mangas em azul-celeste e calção branco - modelo original, mas que logo West Ham United e Burnley também começaram a utilizar. O time é dirigido desde a metade de 2012 pelo escocês Paul Lambert. Seu arquirrival é o pequeno Birmingham City. Na verdade, é mais uma paternidade do que uma rivalidade propriamente dita, mas o Birmingham City costuma aprontar de vez em quando. Apesar de tudo, os confrontos mal acontecem - o Birmingham City cai frequentemente para a segunda divisão, enquanto o Aston Villa sempre se mantendo na elite, mesmo que por um triz.

Seu estádio é o Villa Park. Um estádio muito simpático inaugurado em 1897 que tem capacidade para 42.640 pessoas.

Considerado um estádio 4 estrelas pela FIFA, o Villa Park já foi utilizado na Copa do Mundo de 1966 e na Eurocopa de 1996, além de muitas semifinais da Copa da Inglaterra (em que é obrigatório jogar em campo neutro, tal como a final - que é mandado no Wembley).

O Aston Villa sempre foi um time de altos e baixos. Até os anos 60, era o time mais vitorioso da Inglaterra - Liverpool e Manchester United não tiveram ainda as suas ascensões. Mas nesse meio tempo, houveram muitas coisas, inclusive o rebaixamento dos villans para a segunda e até terceira divisão. Deixe-me explicar: na temporada de 1935-36, o Aston Villa fez uma das piores campanhas (se não a pior) da história da Primeira Divisão do Campeonato Inglês - último lugar, tomou 110 gols em 42 jogos. Nessa temporada, fez também o Arsenal alcançar um recorde que até hoje, 67 anos depois, ainda não foi batido: um mesmo jogador fazer 7 gols numa mesma partida. O Aston Villa tomou 7 x 1 em pleno Villa Park com cerca de 61 mil villans (quando ainda era possível mandar tudo isso de gente para lá), com 7 gols de Ted Drake, e Jack Palethorpe descontou para os donos da casa. Esse episódio, inclusive, é conhecido como the infamous 1-7, o infame 1 x 7. Ficaram uma temporada na segunda divisão, e na próxima subiu como campeão. Tornou a cair de novo na temporada de 1958/59, subindo na temporada seguinte. Ficaram uns poucos anos na elite - ganharam a primeira Copa da Liga Inglesa da história, inclusive - mas na temporada de 1966/67 mais uma vez foi rebaixado para a segunda divisão. E não sendo suficiente, esperou uns anos na segunda para, enfim, cair para a terceira divisão. Não subiu na primeira tentativa - ficou em 4° na terceirona de 1970/71, mas na segunda foi: campeão da terceira divisão em 1971/72. Porém, apenas após 3 temporadas - quase 10 anos desde a última vez em que esteve na primeira divisão - o time foi subir para a primeira divisão.

Mas, como disse, é um time de altos e baixos, não? Depois do time ir tão mal no nacional, veio a recompensa. Primeiro, que no ano em que voltaram à elite, ganharam sua segunda Copa da Liga Inglesa. Mas, mais importante que isso, foi no ano de 1981. Seis anos depois de voltar à primeira divisão, o time ganhou seu sétimo título do Campeonato Inglês, 71 anos depois. Mas o melhor ainda estava por vir...

Disputando pela primeira vez a Liga dos Campeões (a então Taça dos Clubes Campeões Europeus), o time dirigido pelo grande técnico Tony Barton (que pouco antes da disputa, era o assistente do demitido Ron Saunders), os villans venceram a competição com autoridade - apenas uma derrota no torneio. A final, que ocorreu no Feijenoord Stadion, em Roterdão, acabou com o Aston Villa campeão em cima do Bayern München. O time do Bayern era forte, com jogadores de peso como Rummenigge, Breitner e Hoeneß (o 3 basicamente fizeram todos os gols da campanha bávara), enquanto os villans eram apenas um conjunto razoável que superou a técnica: o jogador que mais se sobressaía no time do Aston Villa, o capitão Dennis Mortimer, por exemplo, nunca chegou a jogar na seleção inglesa.
E com esse título, o Aston Villa foi chamado para jogar a Copa Intercontinental no final do ano e perdeu o título para o Peñarol.

Peter Withe, que é (ou era) ídolo no rival Birmingham City, fez o gol da vitória contra o Bayern München. O time bávaro atacou muito mais com suas estrelas, porém não conseguiu fazer o gol. Cerca de 40 mil pessoas acompanharam a final no estádio holandês

Peñarol venceu a Copa Intercontinental de 1982 por 2 x 0. Gols de Jair e Walkir Silva. No Estádio Olímpico de Tóquio, Japão, 63 mil pessoas acompanharam a vitória do aurinegro uruguaio.

O Aston Villa, hoje em dia, vive apenas de passado. Desde o título da Liga dos Campeões, vive numa eterna inconstância. Ainda foi rebaixado na temporada de 1988/89 (subindo como vice-campeão no ano seguinte). É um clube muito vencedor, porém seu último título foi o da Copa da Liga Inglesa de 1995/96 em cima do Leeds United. Após isso, seu único "título" é permanecer na elite e nunca ter caído na atual Premier League, coisa que ele vem tentando com sucesso, porém com certa dificuldade.

Após passar pelo Arsenal nas semifinais, Aston Villa venceu o Leeds United por 3 x 0 ante a 77.056 pessoas no Wembley. Savo Milošević, Ian Taylor e Dwight Yorke fizeram os gols dos villans. Detalhe curioso: se não fosse o Leeds na final, seria um confronto de rivais. Birmingham City perdeu para o Leeds United nas duas semifinais dessa Copa, evitando uma final de Birmingham.

Principais jogadores do Aston Villa:

Christian Benteke - atacante. O jovem jogador, nascido na República Democrática do Congo porém crescido na Bélgica, é uma espécie de promessa. Ajudou a evitar o rebaixamento eminente dos villans essa temporada. Jogador da seleção belga.

(Imagino o pensamento dele: "ah, eu sou o bom, provavelmente serei comprado por algum Real Madrid da vida rerere")

Gabriel Agbonlahor - ala direita. Esse é o cara. Tem 26 anos e desde os 19 joga no Aston Villa, costuma se destacar, como fez na última temporada. Porém, não é sempre que figura na seleção inglesa.

(WHO ATE ALL THE PIES!?)

Expectativas para a temporada: as duas últimas temporadas, o Aston Villa passou raspando na zona de rebaixamento. Trocaram o técnico e viram que continua a mesma coisa. A menos que haja uma reforma geral no elenco, deixando poucas peças, a tendência é continuar. A questão é que desta vez não há times lixosos como o Reading ou Wigan. Subiram apenas os times encardidos, Crystal Palace, Hull City e Cardiff City. Bem capaz de rolar o sexto rebaixamento esse ano.

                                                                              ~x~

Eu gosto do Aston Villa, é um time simpático. Assim como os dois últimos anos, vou torcer para que não caia esse ano também.

Come On You Villans!

Cruzeiro 2013

Olá AMIGOS!!!

Primeiramente, quero me apresentar para quem ainda não me conhece, embora já tenha visto muitas das minhas postagens na LET: Sou Raphael D' Assunção Coelho, moro em Belo Horizonte, tenho 30 anos, sou Bacharel em Geografia e Meio Ambiente e Pós Graduado em Gestão Ambiental e Geoprocessamento, atualmente sou Analista Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Estarei aqui nos próximos meses, falando sobre o Cruzeiro, sobre a temporada 2013, além claro, do tom crítico em tudo que tange à esta instituição chamada Cruzeiro Esporte Clube.

Em meu post inaugural, falarei sobre o Cruzeiro que iniciou 2013!!!

2013 começou com grande expectativa, depois de um 2012 melancólico porém, tranquilo, o Cruzeiro buscou reformular seu elenco para a disputa desta temporada, buscou jogadores já experientes, como Diego Souza, Dagoberto, Bruno Rodrigo, Paulão Caveirão e claro, apostando também em promessas como Ewerton Ribeiro, Ricardo Goulart e as pratas da casa, como Élber, Vinicius Araújo, Maike, e Alisson, recentemente emprestado à nossa filial carioca, e claro, não poderia deixar de falar da contratação do MITO DEDÉ, a maior da história do clube em termos financeiros.

Na minha visão , fizemos um ótimo campeonato estadual, e no único jogo em que não entramos em campo em 2013, fomos derrotados pelo rival por 3x0 e ali perdemos o título, apesar da vitória no jogo da volta.

No brasileirão, sabemos que a dificuldade é maior, e após 5 rodadas, estamos na quinta colocação, o que pra mim é mais do q normal, haja visto o equilíbrio desta competição. Muita coisa ainda acontecerá, jogadores virão, jogadores irão, então é esperar para ver o que acontece depois da Copa das Confederações. Mas uma coisa já adianto, precisamos urgentemente de 1 centro avante e um voltante, sem essas peças, não teremos como pensar em titulo.

Vamos aguardar, para ver o que acontece quando a bola voltar a rolar pelo brasileirão!!!

No próximo post, falarei sobre os amistosos do Cruzeiro na terra do Tio Sam...

MANEREM NO MC DONALDS E NA COCA COLA!!!



"TÃO COMBATIDO, JAMAIS VENCIDO"

[OFF] Apresentação do campeonato inglês: Arsenal.

Olá, meus amigos!

Hoje começa uma seção diferente daqui do blog. Quero falar do futebol europeu para todos os leitores, mas antes de tudo gostaria de apresentar os times e falar de suas histórias, conquistas, equipes e etc. Falarei dos maiores clubes de cada país, a começar pela Inglaterra, que possui - na minha concepção, claro - o melhor campeonato nacional do mundo. E vou começar logo de cara com um dos times mais tradicionais da Inglaterra: o Arsenal.

Arsenal Football Club. Fundado em 1886 por trabalhadores da Woolwich Arsenal Armament Factory com o nome de Dial Square (posteriormente Woolwich Arsenal, e por fim Arsenal), é o maior clube de Londres em torcida e títulos. Conhecidos como gunners, o time possui 13 títulos do Campeonato Inglês (sendo 3 da atual English Premier League), 10 títulos da Copa da Inglaterra e 2 títulos da Copa da Liga Inglesa. Possui a maior torcida de Londres e a terceira maior torcida da Inglaterra, perdendo apenas para o Manchester United e Liverpool, respectivamente. Seu uniforme é composto por uma camisa vermelha de mangas brancas e calção branco. O time é dirigido pelo técnico francês Arsène Wenger desde 1996. Seu tradicional rival é o Tottenham Hotspur, com quem faz o North London Derby - o derby do norte de Londres. Porém, também faz clássicos contra o Chelsea. A rivalidade com o Tottenham é a maior de Londres e uma das maiores da Inglaterra: a terceira e quarta maiores torcidas chocam-se. Arsenal leva vantagem em número de vitórias.

Seu estádio é o Emirates Stadium. O estádio foi inaugurado em 2006 (substituindo o antigo Arsenal Stadium - o Highbury) e tem capacidade de 60.361 pessoas.

É o terceiro maior estádio da Inglaterra. Perde apenas para o Wembley (que não é de ninguém) e o Old Trafford (Manchester United).

É o time que mais disputou a primeira divisão da Inglaterra. A verdade é que todos os clubes ingleses já foram rebaixados para a segunda divisão em determinado momento, mas o Arsenal é o único clube na Inglaterra que foi rebaixado apenas uma vez, no longínquo ano de 1913. E os gunners possuem também a honra de ser um dos únicos clubes que ganharam o campeonato inglês de modo invicto: a temporada de 2003/04, cujo time possuia ótimos jogadores como Bergkamp, Pirès, Gilberto Silva e o CRACASSO francês Thierry Henry, o Arsenal venceu 26 jogos, empatou 12 e não perdeu nenhum. Apenas o pequeno Preston North End, na temporada de 1889/90, teve o mesmo feito.

Entretanto, assim como alguns times grandes ingleses, o Arsenal é um tanto quanto azarado quando a questão é títulos internacionais. O único título internacional que possui é a Taça das Taças de 1993/94, quando esse era o torneio de segundo escalão europeu, atrás apenas da Liga dos Campeões. E por falar da Liga dos Campeões, o Arsenal é o terceiro clube inglês com mais participações na mesma - 17 participações -, atrás do Manchester United e Liverpool. Os gunners já chegaram em uma final da Liga dos Campeões, na temporada de 2005/06, na qual perderam para o Barcelona por 2 x 1 no Stade de France. Foi um excelente duelo, que contava com craques de ambos os lados. Ronaldinho Gaúcho, Deco, Iniesta e Eto'o para o lado dos culés e Bergkamp, Fàbregas, Van Persie e Henry para o lado dos gunners, isso sem contar os outros bons jogadores de ambos os times.

Arsenal venceu o Parma por 1 x 0 no Parken Stadium, Copenhague, Dinamarca. Gol de Alan Smith. Viram o triunfo dos gunners 33.765 pessoas.

Barça vence por 2 x 1 no Stade de France, Paris, França. Cerca de 79.500 pessoas viram o segundo título da Liga dos Campeões da história do Barcelona. Sol Campbell (TRAIDOR) abre o placar pros gunners, mas Samuel Eto'o e Juliano Belleti viram o placar.

O último título conquistado pelo Arsenal foi a Copa da Inglaterra de 2004/05 em cima do Manchester United, na final épica que acabou nos pênaltis. E o Arsenal, atualmente, não vive a melhor de suas fases; mesmo classificado para a Liga dos Campeões de 2013/14, ainda causa desconfiança. Wenger é um bom técnico, porém dificilmente abre a mão para contratar jogadores caros, prefere sempre investir nos jogadores jovens. Consegue alguns bons frutos, mas os vende (normalmente para rivais) numa facilidade extrema. Tem o estilo um tanto quanto ultrapassado.

Arsenal empata com o Manchester United por 0 x 0 e vence nas cobranças de pênaltis por 5 x 4. No Millenium Stadium, em Cardiff, País de Gales, 71.876 pessoas assistiram a esta final.

Principais jogadores do Arsenal:


Santiago Cazorla - meio de campo. Vindo do Málaga, ótimo jogador, super versátil no meio, chuta com os dois pés. Jogador da seleção espanhola.

(Ele não é a cara do Adam Sandler?)

Theo Walcott - centro-avante/ala direita. Jovem, um dos dois jogadores do Southampton que despontaram - junto com o fenomenal Gareth Bale. Família de Barbados e nascido na Inglaterra, optou por jogar na seleção inglesa. E joga muito lá.

(A cara de mau do maluco)

Lukas Podolski - centro-avante/ala esquerda. Ex-jogador (porém ainda torcedor) do Colônia da Alemanha, veio desacreditado na temporada passada, ainda mais que o Colônia foi rebaixado. Calou a boca de muita gente. Jogador da seleção alemã.

(C'mon, haters, c'mon!)

Expectativas para a temporada: se o Wenger não deixar de ser mão-de-vaca e não contratar bem, vai ser uma temporada mediana igual a última. Podendo ser ainda pior: muita gente está de olho no Walcott e sabemos o quanto o Wenger gosta de vender...

(A minha expectativa é: espero que o time se lasque. Obrigado.)

                                                                              ~x~

E é isso aí. Come On You Gunners! Come on, come on to the hell! :D